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Pai de Brasileira que caiu em vulcão escreve carta de despedida e choca ao… Ver mais

Na manhã silenciosa de 25 de junho, o Brasil acordou sob a sombra de uma tragédia que transcendeu fronteiras. Manoel Marins, pai de Juliana Marins, quebrou o silêncio das redes com uma carta que tocou o coração de milhares. Sua filha, jovem brasileira de espírito inquieto e alma livre, perdeu a vida após um acidente durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia — um dos vulcões mais desafiadores da Ásia. O texto, publicado por Manoel, não foi apenas uma despedida. Foi um testamento de amor, dor e eternidade.

Pai reconhece corpo de Juliana Marins na Indonésia | Jornal Correio

Uma jovem que sonhava com o mundo

Juliana não era apenas uma viajante: era uma sonhadora convicta. Com um sorriso largo e uma vontade feroz de explorar, partiu para a Ásia com um objetivo claro: viver intensamente. Com recursos próprios e planos traçados com autonomia, recusou ajuda financeira dos pais. “Você nos disse: jamais”, escreveu Manoel, entre lágrimas e orgulho.

Seu roteiro era uma celebração da juventude — uma travessia entre culturas, sabores, idiomas e paisagens. Mas foi justamente essa sede de liberdade que a levou à montanha onde encontrou o destino mais cruel.

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O acidente que interrompeu uma jornada de liberdade

No sábado, 21 de junho, durante uma trilha no Monte Rinjani, Juliana caiu de um penhasco. O cenário paradisíaco — com vistas deslumbrantes e natureza exuberante — se transformou em palco de uma tragédia de proporções emocionais devastadoras.

Enquanto Juliana lutava pela vida, seu pai atravessava continentes em uma corrida contra o tempo. Em Lisboa, onde estava, embarcou rumo à Indonésia movido por esperança. Mas o destino impôs mais um obstáculo: conflitos no Oriente Médio forçaram o fechamento do espaço aéreo do Catar, atrasando seu trajeto. Manoel chegou tarde demais.

Uma despedida escrita com o coração em pedaços

A carta aberta que ele escreveu tornou-se um lamento coletivo. “Voa, Juju. Voa”, dizia uma das frases mais marcantes — simples, mas carregada de uma dor imensa. Manoel lembrou da promessa que fizeram: voar de parapente juntos, no aniversário dela. Agora, esse voo permanece suspenso, entre o céu e a saudade.

“Fica a sua presença no seu quarto, no seu lugar preferido no sofá da sala”, declarou, descrevendo como a ausência da filha transformou-se em eco contínuo dentro de casa. O texto, cheio de poesia, encerra-se com a esperança de um reencontro espiritual: “Ficaremos aqui, na certeza de nos reencontrarmos um dia e fazer aquele voo de parapente…”.

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Uma história que não termina na tragédia

A viagem de Juliana pela Ásia não era turismo — era propósito. Ela queria ver o mundo com os próprios olhos, tocar outras realidades, escrever sua própria narrativa. E conseguiu. Viveu como queria: com paixão e liberdade. O acidente interrompeu sua trajetória, mas não apagou seu legado.

A carta de Manoel viralizou não apenas por sua beleza literária, mas por expressar aquilo que muitos pais, filhos e amigos sentem — a urgência de viver, a fragilidade da existência, o valor de cada instante.

Por que essa história tocou tanta gente?

Histórias como a de Juliana nos relembram que a vida é finita, mas as conexões são eternas. Ela representa uma geração que busca sentido, que desafia o medo para encontrar beleza nas curvas do mundo. Sua partida é uma ferida aberta, mas também um chamado à reflexão.

No fundo, todos nós somos tocados por histórias de coragem interrompida. E quando um pai escreve com a alma, seus versos se tornam espelho da nossa própria humanidade.

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