Notícias

Antes da morte Juliana, a brasileira do vulcão, grava seu último vídeo dizendo q… Ver mais

Último Vídeo de Juliana Marins Antes da Tragédia no Monte Rinjani Comove o Brasil

A jornada de Juliana Marins à Indonésia deveria ser um capítulo de liberdade e autoconhecimento. No entanto, se transformou em um dos episódios mais tristes e impactantes do ano. Seu último vídeo, gravado no topo do Monte Rinjani, ecoa como uma despedida não intencional que ainda causa comoção entre brasileiros e viajantes do mundo todo.

Uma Conexão Instantânea: O Encontro com Federica

Juliana Marins, de 26 anos, embarcou para a Indonésia com o sonho de explorar paisagens únicas e viver experiências transformadoras. Ela viajava sozinha, com espírito aventureiro e uma câmera na mochila para registrar cada instante. Foi assim que conheceu Federica Matricardi, uma turista italiana que também encarava sozinha o desafio de subir o Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos e perigosos da região.

O encontro entre as duas foi breve, mas intenso. Federica, em entrevista à TV Globo, relembrou com emoção a conexão imediata entre elas. “Decidimos fazer a trilha juntas. Subimos mais de 1.500 metros. Foi extremamente difícil, mas estávamos felizes com a conquista, mesmo sem ver a paisagem por causa da neblina.”

No topo da montanha, mesmo ofuscadas pela névoa espessa, elas gravaram vídeos, sorriram e celebraram a superação. Foi nesse momento que Juliana fez seu último registro em vida — um vídeo leve e cheio de esperança, que hoje carrega um peso emocional devastador.

A Descida Que Mudou Tudo

Após o pico, as duas iniciaram a descida. Federica seguia à frente. Juliana vinha logo atrás, acompanhada de um guia local identificado como Ali Musthofa. Segundo os relatos, em nenhum momento ela teria ficado sozinha. Porém, o que se desenrolou nos minutos seguintes continua cercado de dúvidas e incredulidade.

Foi em um trecho particularmente perigoso que Juliana desapareceu de forma abrupta. Um passo em falso, uma queda silenciosa e súbita. O guia entrou em pânico, e Federica só percebeu o que havia acontecido quando olhou para trás e já não viu a nova amiga.

O Drama das Buscas e a Ajuda de um Drone

As buscas começaram imediatamente, mas enfrentaram enormes dificuldades. A geografia acidentada, a densa vegetação e o clima instável da região dificultaram o trabalho das equipes de resgate. Helicópteros foram acionados, e grupos de voluntários passaram a vasculhar o terreno montanhoso.

O desfecho veio por um acaso trágico: um grupo de turistas sobrevoava a área com um drone recreativo, quando avistou algo incomum entre as pedras. As imagens captadas levaram ao ponto exato onde Juliana havia caído. O corpo foi localizado em uma fenda profunda, encerrando a busca — mas não as dúvidas.

Uma Tragédia Que Deixa Questionamentos

A morte de Juliana Marins levanta questionamentos que ultrapassam o limite da dor. Como uma trilha conhecida por sua periculosidade ainda atrai tantas pessoas desacompanhadas? Qual o nível de preparo necessário para encarar um desafio desse porte? Os guias locais têm estrutura e suporte suficientes para garantir a segurança dos turistas?

Além disso, o caso expõe a vulnerabilidade de viajantes solitários — especialmente mulheres — em aventuras de alto risco. Juliana não foi imprudente. Ela seguiu com guia, se aliou a outra turista, e ainda assim, não resistiu aos perigos do trajeto.

Seu último vídeo circula agora como uma despedida involuntária. Nele, Juliana aparece ofegante, sorrindo com os olhos marejados, talvez pela superação do esforço físico ou pela beleza que imaginava encontrar ali, atrás da neblina.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo